terça-feira, 27 de abril de 2010

SE UM HOMEM QUER VOCÊ,NADA PODE MANTE-LO LONGE.




> Este texto é da Oprah Winfrey, apresentadora conceituadíssima dos
> Estados Unidos.
>
> Se um homem quer você, nada pode mantê-lo longe;
> Se ele não te quer, nada pode fazê-lo ficar.
> Pare de dar desculpas (de arranjar justificativas) para um homem e seu
> comportamento.
> Permita que sua intuição (ou espírito) te proteja das mágoas.
> Pare de tentar se modificar para uma relação que não tem que acontecer.
> Mais devagar é melhor. Nunca dedique sua vida a um homem antes que
> você encontre um que realmente te faz feliz.
> Se uma relação terminar porque o homem não te tratou como você
> merecia, foda-se, mande pro inferno, esquece! Vocês não podem ser
> amigos. Um amigo não destrataria outro amigo.
> Não conserte.
> Se você sente que ele está te enrolando, provavelmente é porque ele
> está mesmo. Não continue (a relação) porque você acha que ele vai
> melhorar.
> Você vai se chatear daqui um ano por continuar a relação quando as
> coisas ainda não estiverem melhores.
> A única pessoa que você pode controlar em uma relação é você mesma.
> Evite homens que têm um monte de filhos e de um monte de mulheres
> diferentes. Ele não casou com elas quando elas ficaram grávidas,
> então, porque ele te trataria diferente?
> Sempre tenha seu próprio círculo de amizade, separadamente do dele.
> Coloque limites no modo como um homem te trata. Se algo te irritar,
> faça um escândalo.
> Nunca deixe um homem saber de tudo. Mais tarde ele usará isso contra você.
> Você não pode mudar o comportamento de um homem. A mudança vem de dentro.
> Nunca o deixe sentir que ele é mais importante que você, mesmo se ele
> tiver um maior grau de escolaridade ou um emprego melhor.
> Não o torne um semi-deus.
> Ele é um homem, nada além ou aquém disso.
> Nunca deixe um homem definir quem você é.
> Nunca pegue o homem de alguém emprestado.
> Se ele traiu alguém com você, ele te trairá.
> Um homem vai te tratar do jeito que você permita que ele te trate.
> Todos os homens NÃO são cachorros.
> Você não deve ser a única a fazer tudo…compromisso é uma via de mão dupla.
> Você precisa de tempo para se cuidar entre as relações. Não há nada
> precioso quanto viajar. Veja as suas questões antes de um novo
> relacionamento.
> Você nunca deve olhar para alguém sentindo que a pessoa irá te completar.
> Uma relação consiste de dois indivíduos completos, procure alguém que
> irá te complementar… não suplementar.
> Namorar é bacana, mesmo se ele não for o esperado Sr. Correto.
> Faça-o sentir falta de você algumas vezes… quando um homem sempre sabe
> que você está lá, e que você está sempre disponível para ele, ele se
> acha…
> Nunca se mude para a casa da mãe dele. Nunca seja cúmplice (ou
> co-assine qualquer documento) de um homem.
> Não se comprometa completamente com um homem que não te dá tudo oque
> você precisa. Mantenha-o em seu radar, mas conheça outros…
> Compartilhe isso com outras mulheres e homens (de modo que eles
> saibam). Você fará alguém sorrir, outros repensarem sobre as escolhas,
> e outras mulheres se prepararem.
> O medo de ficar sozinha faz que várias mulheres permaneçam em relações
> que são abusivas e lesivas: Dr. Phill
> Você deve saber que você é a melhor coisa que pode acontecer para
> alguém e se um homem te destrata, é ele que vai perder uma coisa boa.
> Se ele ficou atraído por você à primeira vista, saiba que ele não foi o
> único.
> Todos eles estão te olhando, então você tem várias opções.
> Faça a escolha certa.
> Meninas, cuidem bem de seus corações...

MODERNO E O ETERNO



Entre o moderno e o eterno...

Em seu famoso ensaio sobre a Modernidade, Baudelaire a definiu como sendo o transitório, o efêmero, todos os elementos que sejam condicionados pela época, pela moda, pelas paixões. Mas, para além da volatilidade que lhe é inerente, há também na Modernidade o fascínio fugidio das metamorfoses, dessa tensão constante entre tradição e mudança. O papel do artista estaria, pois, em extrair a beleza misteriosa da fugacidade moderna, a fim de destilar-lhe o que há de eterno.

Ok, mas o que é que as mulheres têm a ver com isso?

Vivemos uma era caótica. O walkman de ontem é o iPod de hoje, que amanhã já estará obsoleto. Pertencemos a gerações precocemente nostálgicas, que têm saudades da Turma do Balão Mágico, TV Pirata e a zebrinha do Fantástico simplesmente porque mal tiveram tempo de assimilar uma época que parece ter terminado precocemente, soterrada em meio a mudanças cada vez mais repentinas. Mas quem está na casa dos trinta anos até que teve sorte. Fico pensando nessa molecada que mal saiu das fraldas e já é condicionada a ter aulas de inglês, informática, japonês, natação e o que mais couber em suas agendas, a fim de se preparar para enfrentar os desafios profissionais nestes dias de fucking times. Cabe aqui ressaltar que essa " molecada" tem informação demais com qualidade de menos...

E se essa criança for do sexo feminino, sai de baixo. Haja 24 horas para a mulher que deseja construir uma carreira profissional, ter e criar filhos, controlar o próprio peso, encontrar um cara legal ou, na ausência dele, aprender a trocar pneus, ao mesmo tempo que lava pratos, retoca a maquiagem, cursa uma faculdade e curte a vida por aí. Sexo frágil é o escambau!

É óbvio que nem todas as mulheres enquadram-se no perfil rascunhadamente traçado no parágrafo acima, vide as neoamélias, popozudas, marias-gasolina, mocinhas com a Síndrome de Cinderela que ainda sonham com o seu príncipe encantado (aquele mesmo que vira sapo logo após gozar) e executivas workaholics que acham que homens são todos iguais e não hesitariam em trocá-los por vibradores que também abram vidros de palmito.

Percebo que é impossível definir todas as inquietações, idiossincrasias, trejeitos, nuances e sentimentos presentes no olhar feminino. Porque, diante do sorriso de uma mulher, sou subitamente remetida aos tempos em que eu era uma garota bobona repleta de espinhas e dúvidas existenciais por todos os lados (não que eu tenha melhorado muito desde então; tornei-me apenas uma bobona mais experiente). Percebo, então, que neste curso inexorável da vida em que tudo fenece e morre, a eternidade está contida no tempestuoso céu dos olhos de uma mulher, descrita pelo poeta Baudelaire como "efêmera beldade cujo olhar o fez nascer a segunda vez". Mas como haverá de encontrá-la, se ela se perdeu em meio ao tumultuado turbilhão das multidões da modernidade?

E cá estamos. Entre o moderno e o eterno, vejo homens e mulheres perambulando por aí, confusos nesta era pós-utopias, de ideologias incertas e instituições fragilizadas. E eu, que facilmente me perco em ruas, corredores, pensamentos e teorias, encerro esta discussão divagando sobre Orkut, aparelhos de GPS e outras facilidades pós-modernas que nos permitem vagar por este mundo... Acontece que essa tecnologia funciona de maneira inversa ao do que se propõe... Cada dia mais prproximos pela modernidade, mas perdidos na eternidade efemera do momento...

NEM TODO SONHO É LEGAL...



Tem dias que um simples cafuné faz toda a diferença...

Nem todo sonho é legal.

Normalmente dividimos nossas aventuras inconscientes durante o sono entre sonho e pesadelo. Via de regra pesadelo é uma aventura ruim, que traz medo, tristeza, desespero. Pesadelo é qualquer coisa que passamos durante o repouso que não gostaríamos de viver na vida real. O sonho, pelo contrário, costuma ser o que gostaríamos que acontecesse. Seja voar por cima do Himalaia ou conquistar a mulher mais bonita do mundo, mesmo que seja uma mera desconhecida.

Mas acredito que nem todo sonho é legal. Ainda que possa dar um gostinho de experiências quase impossíveis para ser humanos comuns, os sonhos podem trazer diversos sentimentos reais que evitaríamos a qualquer custo.

Já sonhei que ganhei na loteria uma vez. Era inacreditável. Era um desses sonhos em que dentro dele você pensa: “Acho que isso é um sonho”, mas rapidamente seu inconsciente te dá um tapa na cara e mostra quem está mandando. “Não, você não está sonhando, isso é real”. No sonho avisei meus pais, chamei-os pra conversar para dividir a bolada, ia finalmente compensar meu pai por todo seu investimento em mim com um investimento em sua empresa, minha mãe ia poder comprar o apartamento de seus sonhos para nunca mais ter que se preocupar em ficar desamparada. Minha irmã ia ganhar uma poupança gorda, daquelas que permitem buscar seus verdadeiros sonhos sem ser importunado por burocracias e contas do dia 5. Eu? Eu ia começar a me programar para sair do pais, viver onde acho que o mundo faz um pouquinho mais de sentido, só precisava arranjar as coisas pro casamento, viajar algumas vezes para escolher a cidade e a casa onde moraria com minha futura esposa, ia poder escrever sem ter que parar para fazer algo que não importa pra ninguém, algo que o mundo não sentiria a mínima falta.

Mas, como sempre, acordei. E o que senti quando acordei foi pior do que ter a noção de que não posso arrumar a vida de todos que amo. Foi a sensação de ter tido a chance, mas tê-la deixado escapar. Sei que é besteira, tudo que aquilo que vivi por meio de impulsos elétricos é tão real quanto uma nota de três reais. Não poderia ter “aproveitado a chance”, não tinha nada pra fazer para manter aquilo acontecendo em outro lugar alem de minha cabeça. Mas sentimento é assim mesmo, não pergunta se pode.

Não sei se isso é motivo para uma de minhas melancolias, se é estímulo para minha impressão de que tudo está errado, talvez fosse mais um dos meus boicotes a felicidade no mundo. Tudo é errado, maquiado, falso. Não sei, mas duvido que alguém que tenha o mesmo sonho que eu tive não se sinta um pouco decepcionado com a vida.

Sorrir depois de ter sonhado que estava voando é fácil, é gostoso, ás vezes tomamos controle da situação e é como se estivéssemos finalmente realizando a fantasia de todos os seres da Terra. Mas o que dizer do sonho que faz pensar, que te mostra como sua vida é pior do que poderia ser, o sonho que esfrega na sua cara sua mediocridade?

Tento focar nas pequenas coisas, numa risada longa de doer a barriga, de uma hora olhando um mar perfeito, de um primeiro beijo, mas isso só me faz enxergar que a vida é cruel 100% do tempo, nos deixando ter momentos de felicidade só para termos saudades do que se foi.

CINDERELAS




A Cinderella vs Cinderella

Depois da odisséia do Príncipe Encantado para achar a dona do famigerado sapatinho de cristal, as coisas estavam tranqüilas no Reino. Cinderella, a nova princesa do pedaço, era amada por todos os súditos, com seu jeito simples e sua cultura doméstica conquistava a todos, deixando para o Príncipe a tarefa árdua de comandar o Reino próspero.

O casal ia de vento em popa, Cinderella permanentemente encantada com o charme do Príncipe, que mesmo após batalhas sangrentas valsava religiosamente com ela toda noite no Salão Nobre do Castelo. Ela sempre ficava apreensiva quando chegava a meia-noite, achava que seu sonho acabaria. Ele a tranqüilizava, massageava seus pés após o dia duro em que ela fazia questão de arrumar todos os 74 aposentos reais. Velhos hábitos não morrem.

Pouco a pouco, do encantamento passaram a profunda admiração. O Príncipe babava pelo charme suburbano de Cinderella, aquela coisa meio Piscinão de Ramos que a princesa exalava. Justo ele que sempre foi um playboyzinho enjoado. Acabou enfeitiçado pelo jeito da modesta Cinderella.

Cinderella não se acostumava com todo aquele luxo. Tanto ouro pra lá e pra cá, achava incrível como seu Príncipe estava sempre impecável, fosse para uma cerimônia monótona da corte ou para uma pelada contra os Duques do reino vizinho.

Não se agüentando de tanto amor, os pombinhos começaram a andar pra cima e pra baixo juntos. Pra que sentir saudades se podiam ficar o tempo todo juntos? Ele adaptou uma garupa em seu cavalo para que ela pudesse o acompanhar em suas batalhas. Ela arranjou um balde extra para poderem limpar as janelas do castelo “coladinhos”. Era tudo alegria.

Mas como em todo conto de fadas, uma hora o feitiço de quebrou. Depois de algum tempo, o Príncipe viu que suas performances nas batalhas estavam prejudicadas pelo peso extra, além de adquirir um bico de papagaio infernal. Cinderella já não agüentava mais ver o Príncipe colando a boca e assoprando contra os vidros pra fazer graça para os criados.

O desgaste se refletiu no casal, trocavam olhares como não se conhecessem mais. O Príncipe deixou de andar engomado depois que percebeu como era difícil tirar e colocar a armadura para a faxina “castelal”. Cinderella no entanto começou a se empetecar toda, tinha que estar bonita para os desfiles da vitória. Ambos não tinham mais pique para as valsas noturnas, ora era Cinderella com dor de cabeça outra era o Príncipe concentrado para alguma guerra.

Tinham que tomar uma atitude drástica. Chamaram a fada-madrinha é claro.

Ela, que havia acabado de chegar de umas férias em Miami Beach, não precisou mais de dois minutos para resolver a questão. Mandou Cinderella passar uns tempos na casa da madrasta enquanto o Príncipe viajava para uma batalha ao norte.

Após alguns dias se encontraram no Salão Nobre do Castelo. Ela havia recuperado seu charme “rodriguiano” se apresentando com um esfregão nos braços, ele, impecável, trazia em sua mão direita a cabeça do rei dos Felcos.

Ela tirou os sapatos como se pudesse flutuar por alguns instantes. Ele arrancou o elmo como fosse sua própria pele. E valsaram felizes para sempre.

MULHER SEGURA DE SI ?????




Mulher - Segura de si....

E a mulher lutou muito para obter direitos iguais, os mesmos salários, as mesmas oportunidades, as mesmas possibilidades de trair, etc. E ela chegou lá. É claro que ainda tem que trocar as fraldas de cocô, fazer o almoço de domingo, mandar a empregada gostosa embora e ir às reuniões pedagógicas na escola do filho ao meio dia quando tem milhões de coisas pra fazer! Mas a mulher está muito bem! Muito segura de si, muito orgulhosa! Feliz!

Na boate, lá pelas tantas horas e tantas cervejas...

- Oi.
- ...
- Tudo bem?
- ...
- Qual o seu nome?
- Mariana.
- ...
- ...
- Você vem sempre por aqui?
- ...
- Você estuda, trabalha?
- Eu faço faculdade.
- Ah... De quê?
- De Administração.
- Eu faço medicina.
- Ah...
- Você veio sozinha?
- Não. Vim com amigas.
- Entendo... E tem namorado?
- Por que?
- É que...
- Ah?
- ...
- Pode falar. Não fique tímido.
- ...
- Não tenho namorado. Estou disponível, aberta a novos relacionamentos e pronta para outra...
- Claro. Eu só queria saber...
- Não que eu ache que os homens não prestam. É que meus últimos rolos e ex-namorados foram bem sacanas comigo e...
- Olha, eu...
- Eu sei que você vai dizer que é diferente, que nem todos os homens são iguais, mas vai ter que sambar muito pra me provar isso,viu, e...
- Deixa eu falar...
- Não. Peraí! Eu sei que nem todos são iguais, mas quer saber? Parece até que existe uma irmandade ou fraternidade oculta na crosta terrestre e que todos vocês, homens e ratos, vão pra aprender como maltratar e magoar as mulheres. Um dia eu entro lá disfarçada e pego todos no flagra!
- Mariana?
- Sabe o que é pior? É que vocês não podem ver um rabo de saia e já ficam doidos. Por que vocês não conseguem ser fiéis? Vocês entendem o que é amor?
- ...
- Sabe, é por isso que não acredito em casamentos! Depois que casam, vocês, ratos, só querem que a mulher fique atrás do fogão enquanto vocês saem pra pegar as menininhas que tem idade para serem sua filha! E mais... Chegam em casa com a cara lavada e ainda querem sexo!
- Eu... Bem...
- Sexo! Vocês só pensam nisso. Só pensam em conversar com uma mulher quando querem fazer sexo! Custe o que custar. E aí, quando eu ficar gorda e velha você vai procurar sexo na rua, não é?
- Ah... Bem... Eu... Eh...
- Ta vendo? É isso mesmo. Ficou até sem fala! Viu só? Homem é foda!
- Desculpe, Mariana. Eu só queria te conhecer... Tchau.
- ...
-MEIA HORA DEPOIS!!!
- Viu aquele carinha ali, Roberta?
- Sim. Ele tava te cantando?
- Hã! Cantando! Ele queria transar comigo! E aí foi só eu começar a conhecê-lo melhor pra saber que é um crápula! São todos iguais!
- É...
- RSRSRSRSSSSSSSSSS.....AFFFFFFFFF VOCÊ SE COMPORTA ASSIM?

ORGULHO E A HUMILDADE




"O orgulho e a humildade"
1) A auto-estima

As crianças, quando vêm ao mundo, são muito bem-vindas (em sua maioria) porque são desejadas desde muito tempo. A mãe deseja ter um filho desde que começou a brincar de bonecas e o pai deseja ser pai desde que se descobriu um homenzinho. Este desejo dos pais pelo filho é muito importante porque prepara um ambiente de aceitação e acolhimento para ele.

Quando o bebê nasce, desde logo se torna o que há de mais importante na casa, o centro de todas as atenções: ocupa o posto de SUA MAJESTADE, O BEBÊ. Mas as crianças nascem, também, sempre num estado de extremo desamparo e fragilidade. Para elas, aquele adulto que cuida delas (normalmente a mãe) é absolutamente necessário e bem vindo e ocupa o lugar de um DEUS. Aquele pequeno ser, em pouco tempo, estará completamente dominado pela necessidade de agradar seu Deus para garantir ser amado (e cuidado) por ele: seu primeiro desejo é ser desejado por ele e desejar o que o ele deseja para garantir o seu amor... É fundamental para a criança SER ACEITA COMO É. A aceitação dos outros significará, para ela, que ela É AMADA COMO É.

Por volta dos 18 meses, esta criança começa a perceber-se no “espelho”. Observamos as crianças cheias de jubilo contemplando sua imagem num espelho e sorrindo. Mas este é, também, um espelho de linguagem: ela começa a construir uma imagem de si pelo que lhe dizem os outros - principalmente a mãe (“a gorduchinha”, “a sapeca”, “a diabinha”, “a impossível”, “a santinha”, etc.). Neste ponto, se a criança é apresentada a uma imagem de si “estragada” (“você é uma lerda!”, “olha a sujeira que você fez!”, “sai daí que você só faz bagunça!”...), ela, que se achava “sua majestade”, pode sentir-se “desqualificada” com muita força, tendo uma profunda decepção consigo mesma. Se esta imagem que ela constrói de si não se coaduna com seu SER, com aquilo que ela percebe em seu interior, cria-se um abismo entre o que ela, no fundo, é e como gostariam (inclusive ela mesma) que ela fosse: o resultado é baixa auto-estima e NÃO ACEITAÇÃO de si mesma. Isto vai constituir-se numa fonte constante de sofrimento com o sentimento de inadequação e incapacidade...

2) O orgulho

Quando a auto-estima da criança é baixa, sua percepção de si mesma está longe do que ela acha que deveria ser. Isto gera um sofrimento grande por não se aceitar (achar-se “um nada”) e uma necessidade muito grande de compensar mostrando-se melhor, criando uma imagem melhor de si para si mesma e para os outros (que ela pensa que a vêem tão pequena quanto ela se sente). Sua “reação natural” é defender-se deste olhar desqualificante tentando provar que é o máximo. O resultado é o que conhecemos como ORGULHO: empáfia, soberba, (falsa) auto-suficiência...

O orgulho e nossa "vida emocional"

Muito do que sentimos, o modo como atravessamos muitas experiências na nossa vida, está diretamente relacionado com o orgulho.

Quando uma mãe ou pai diz para o filho: "estou orgulhoso de você!", quere, na verdade, dizer algo como: "você melhora minha auto-imagem perante os outros, sendo (ou fazendo) algo que todos apreciamos", ou ainda: "você me envaidece". A vaidade é, na verdade, um cuidado que temos com nossa auto-imagem. Quando temos boa auto-estima, nosso gosto por nos cuidarmos é um reflexo disto: "cuido-me porque gosto de mim." Mas quando nossa auto-estima é baixa, fazemos de tudo para melhorar nossa imagem. Aí, a vaidade faz parte do nosso modo de nos expressarmos no mundo. É, na verdade, uma defesa contra nos deixarmos ver feios, desleixados, parecendo menos do que já pensamos ser. Estaremos, então, fazendo algo para melhorar a maneira como os outros (e nós mesmos) nos enxergam.

A vergonha é a emoção diretamente relacionada ao orgulho. Aquele que sente vergonha está sentindo sua auto-imagem diminuída. As reações do sujeito orgulhoso à vergonha são sempre dramáticas porque é justamente disso que ele sofre: de uma auto-imagem ruim. A vergonha é justamente o sintoma de que algo aconteceu para piorar ainda mais esta situação. E o sujeito sente-se, então, "humilhado". Algo como terem jogado sua auto-imagem na sarjeta... Esta humilhação tem vários níveis e o sujeito submetido a ela pode desenvolver uma raiva muito forte ou um rancor muito intenso, conforme possa (se permita) reagir ou seja obrigado (se constranja) a suportar.

O orgulhoso freqüentemente se sente humilhado. Isto vem do sentimento que tem de estar sendo forçado a ter sua auto-imagem "rebaixada" - muitas vezes rebaixada das alturas em que ele, o orgulhoso, artificialmente a pôs.

O sentimento de culpa aparece quando percebemos ter feito mal a alguém que amamos. Este alguém podemos ser NÓS MESMOS. Não é raro sentirmos culpa por termos feito algo que nos envergonha, como "pagar mico", por exemplo. Ficamos com raiva de nós mesmos porque denegrimos nossa própria imagem...

Uma das raivas mais violentas que sentimos é a que vem por alguém ter denegrido nossa imagem: a raiva pela "honra ferida". Do que temos tanto ódio? Do que vão pensar de nós: "ele é um corno", "ele é um covarde", "ele é um frouxo"...

Outra situação comum é sermos contrariados e pensarmos (preocupados com NOSSO umbigo) que "fizeram de propósito!", ou "queriam ME machucar!". Não é raro que brigas de trânsito, que muitas vezes acabam em tiroteio e até morte, aconteçam por isso: "Mas que folgado! Como se atreve a fazer isso COMIGO!"

As emoções "positivas" não escapam do orgulho. Se algo bom acontece com um orgulhoso, ele logo pensa coisas como: "eu sou bom mesmo!", "olhem como eu consegui fácil!", "olhem como ficou (eu sou) PERFEITO!"

Nossas vidas ficam bem mais complicadas quando temos como companheiro o orgulho. Além de gastarmos muita energia apenas tentando, continuamente, melhorar nossa auto-imagem, reagimos emocionalmente de maneira agressiva e egoísta ao mundo, trazendo isolamento e conturbação

3) A humildade

Do lado oposto ao orgulho, está a humildade. O principal significado associado a ela é MODÉSTIA. O modesto é aquele que nunca está preocupado em mostrar-se mais do que é. Ao contrário, freqüentemente minimiza suas qualidades. Mas não faz isto porque não as veja. Ao contrário: é porque as vê que não precisa mostrar-se mais do que é. O modesto tem uma auto-imagem boa. Tem boa auto-estima. Ao se relacionar com os outros, está seguro de seu valor e por isto não precisa nem competir nem se defender. Encontrar a humildade é encontrar a boa auto-estima, a auto-aceitação.


•humilde não sente raiva de quem o "rebaixe" ou "humilhe", porque está consciente de seu valor independente do que pensam os outros.
•humilde não se preocupa em estar se mostrando mais ou melhor porque sabe o quanto vale.
•humilde não guarda rancor porque não pressupõe que lhe fizeram as coisas "de propósito".
•humilde não gasta tempo e energia tentando parecer mais e melhor porque se aceita como é
•humilde não arruma inimigos pessoais, pois respeita as pessoas como são, não tenta rebaixá-las
•humilde não se incomoda de precisar da ajuda dos outros, porque não precisa se convencer de que é auto-suficiente e melhor do que todo mundo.
•humilde, ao contrário do orgulhoso, não se acha o centro do universo...

Não é à toa que todas as religiões pregam a humildade: a humildade traz paz interior e paz no convívio com os outros.

terça-feira, 20 de abril de 2010




Sexualidade

Um relacionamento saudável, "Rico e inteiro", requer coragem para experimentar, Curtir uma superaventura, com direito a várias surpresas pelo caminho, tendo seu amor ao lado.

A não ser que o lugar a ser explorado seja o corpo um do outro. "Centímetro por centímetro".Como os namorados podem ser mais felizes o relacionamento, juntando amor e sexo. Teoricamente, a receita é simples. O modo de fazer, nem sempre.

Nessa expedição corporal não pode faltar certa dose de ousadia para superar trechos inesperados, como medos, preconceitos e recalques. Uma dica: "È preciso fazer o corpo inteiro participar" o sexo não tem a ver só com os órgãos sexuais, mas com o corpo e o mundo em que se vive. Pelo seu conceito, não existe relação sexual se não houver relação pessoal. Se for assim, por onde começar? "Que tal por um dos 500 mil pontos que temos em cerca de 2 metros quadrados de pele, pronto para sentir?".

Além de meio milhão de pontos sensíveis, dos quais "dificilmente alguém conhece 5%", nosso corpo tem ainda uma variedade de movimentos. "Lembre-se do que os seres humanos são capazes de fazer no circo, no esporte, dançando... concluí-se que nenhum animal é tão versátil", compara. Lançar mão dessa vantagem ajuda muito.

Uma sugestão para locar essa versatilidade em pratica pode ser dançar com seu par e acariciá-lo ao mesmo tempo. "Imagine um pouco e comece a derreter".Parece fácil, porém, há o risco de perder o ritmo.Explica-se: "Qual palavra a criança mais ouve na vida? Não e, a cada não, uma paralisia. Ao fazer um movimento, ela escuta, 'não pode' e, mais ainda, se é para mexer lá" Preconceitos

Um relacionamento saudável, "muito amoroso, rico e inteiro", requer esforço, investimento, dedicação. "Sorte de quem tiver coragem de experimentar" Mas como despir-se dos preconceitos?os preconceitos não teriam força se não tivessem um corpo preso atrás. "Existe uma ligação entre as idéias de preconceitos e as atitudes de preconceito. Se você começa a amolecer as atitudes, você assusta a pessoa porque começa a abalar o os preconceitos. Essa é a grande vantagem terapêutica do que estou dizendo. É uma tremenda técnica para diminuir nas pessoas a força dos preconceitos, enraizada nas atitudes rígida nas proibições, do 'isso não pode, não mexe aqui, não faz assim'".
"Filio-me decididamente aos que acreditam que o amor verdadeiro tem de vir de baixo para cima e não o contrário. De baixo para cima que dizer do sexo, profundamente experimentado, do erótico (da pele, do contato físico), dos movimentos (da dança que nos anima), subindo então - e depois - até o cérebro, aquecendo o coração no caminho...". O que nos deixa claro que fazer o corpo todo participar não é já de início "juntar" os órgãos sexuais.

"De certo modo, a idéia é esquecê-los durante um tempo, ver se um conhece o corpo do outro, o que leva a conhecer o próprio corpo. Essa é a chave da felicidade amorosa", indica-se que nosso corpo é estranho para nós mesmos e que, "muito mais reprimido do sexo, é o corpo inteiro". Portanto, "comece devagar" e sinta os benefícios também em outros aspectos da vida. Ao ganhar familiaridade com seu corpo inteiro. "Portanto", "comece devagar" e sinta os benefícios também em outros aspectos da vida. Ao ganhar familiaridade com seu corpo, você adquire melhor postura, por exemplo. "É como fazer uma corrida sempre igual. Não adianta. Pode fazer bem para o aparelho circulatório.

Mas se você faz uma espécie de dança ou essa troca de carícias, com movimentos diversos, ganha muito mais a sensação da riqueza de suas potencialidades", diz. Há muito tempo, diz ele, não se separam mais corpo e espírito. Por que tantas mulheres têm problema para chegar ao orgasmo? Acredita-se que de 40% a 55% das mulheres na conseguem ter orgasmo (anorgasmia). A maior dificuldade vem dos valores da cultura jadaico-cristã: a mulher sempre foi tratada com submissão.

Ao homem são permitidas masturbações, relação sexual, conhecimento do corpo, ficar... Enfim, a sociedade ainda é machista. A mulher tem dificuldade em conhecer o corpo, o que afeta o auto-erotismo e o orgasmo. Havendo conhecimento do corpo, afetividade, cumplicidade com o parceiro, o orgasmo será uma conseqüência. Masturbação é saudável? A masturbação é saudável tanto para homens quanto para mulheres, mesmo quando temos parceiros. Se o número de vezes em que isso ocorre está incomodando, procure um terapeuta sexual. Como devo orientar o adolescente que começa ac ter relações sexuais?

Explique que mesmo sendo importante evitar uma gravidez indesejada, o uso de preservativo é imprescindível para evitar doenças sexualmente transmissíveis, como a aids. E lembre que para exercer nossa sexualidade, temos de ter responsabilidade. Qual a quantidade ideal de sexo? Não existe uma quantidade ideal, o que existe é uma qualidade sexual boa, proveniente de uma relação prazerosa para ambos. Ela varia para cada casal. Qual o melhor método para evitar a gravidez e não atrapalhar o desejo sexual? Os anticoncepcionais hormonais (pílulas, injeções, transdérmicos e anel vaginal) podem alterar a libido da mulher.

Um método seguro que não altera a libido é o DIU. Os métodos de barreira (preservativo e diafragma) também não alteram a função hormonal feminina, mas são menos eficazes do que a pílula ou o DIU. Beijar é importante? O beijo é o principal "termômetro" o vinculo do casal. MULHERES RECLAMAM MUITO MAIS Sexo. Prática tão antiga quanto envolta em dúvidas.

O que homens e mulheres querem saber sobre sexualidade e do que mais se queixam? As mulheres reclamam muito mais. Primeiro, porque ela fala mais de seus problemas, faz confidências, vai mais ao médico e, não importa a especialidade, conversa com ele. E também por que a abordagem do tema pelos meios de comunicação é mais dirigida a elas, como explica a ginecologista e terapeuta sexual Elenice Costa.

De acordo com a especialista, as queixas femininas mais freqüentes são baixa libido, desacordo de freqüência sexual com o parceiro e não chegar ao orgasmo (anorgasmia). Já as masculinas são dificuldade para ter e manter ereção, ejaculação precoce e baixa libido. Por que se queixam? No caso da mulher, Elenice explica que a baixa libido tem como principal causa a dificuldade de manter a motivação sexual enfrentando jornadas duplas de trabalho, desdobrando-se como profissional, mãe e dona de casa. "Sempre digo em consultório que a mulher não põe em pauta do dia o sexo e o homem não o tira", compara.

Além disso, há "a cobrança estética que distancia a mulher da excitação e do orgasmo, ao ter de ficar escondendo ou preocupando-se com seus quilos a mais". Ainda entre as mulheres, Elenice diz que outro motivo de queixar é o objeto sexual de estímulo, ou seja, o parceiro. "Ele é inadequado, quando, por desconhecimento ou desinteresse, não faz ' a coisa certa'. Aquele que foi escolhido, em um primeiro momento, por ser bom marido, bom pai e oferecer segurança, tempos depois provoca na mulher questionamentos, ela avalia se sua vida sexual é ou não satisfatória".

Segundo a terapeuta, a cobrança do homem recai no desinteresse da parceira. "E isso acaba gerando nela uma necessidade de ter mais vontade, que gera tensão, ansiedade, adrenalina e... baixa libido", diz. Elenice alerta que utilizar a freqüência sexual como termômetro da relação "é uma condição muito negativa para o relaxamento e a fluidez de que o sexo precisa". Ela conta que, no outro extremo, também ouve homens reclamando de se sentirem escravos do dogma machista que impõe bom desempenho sexual sempre. Cita que o conflito de ser monogâmico ou não, os riscos de não ser a tolerância do "sexo morno" em uma relação estável, onde o furor inicial e a paixão já passaram, têm mexido com o desejo deles.

"Aliam-se fortemente a isso os quadros depressivos". Segundo a especialista, "quanto mais homem e mulher souberem um do outro, de seus limites e formas de pensar o sexo, mais vão conseguir dar e receber prazer". A Origem dos problemas Anorgasmia " Os compêndios médicos das décadas de 30 e 40 não mostravam qualquer condição fisiológica e anatômica para levar a mulher a desencadear a sensação orgástica. Hoje, com a medicina comprovando essa possibilidade, o orgasmo feminino passou a ser quase uma obrigação. Mas exige conhecimento do corpo, comunicação com o parceiro, relaxamento, técnica, pressão no lugar certo, na hora certa, do jeito certo, cada um no seu tempo.

Juntos, sempre, só no cinema. Disfunção erétil " As mudanças nos modelos de comportamento e atitudes que a revolução feminina e a vida urbana provocaram tiveram grande impacto sobre os homens. A isso, somam-se as tensões da economia capitalista. Os avanços médicos para esta disfunção tem apresentado bons resultados, principalmente quando as causas são orgânicas ou quando o enfrentamento é do casal . Ejaculação precoce " Nitidamente ligada ao transtorno da ansiedade.

Sua proporção acompanha esta que é uma aflição da modernidade. Também está relacionada à imaturidade e à falta de treinamento para o controle ejaculatório. Apesar de ser muito comum, parece comprometer menos a estima masculina. Busca-se ajuda com menos resistência e o tratamento é muito efetivo.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

NINGUEM É NORMAL





"NINGUEM É NORMAL"

Segunda-feira à tarde, consultório psiquiátrico, sala de espera lotada. Enquanto Peter Pan tenta roubar a atenção de todos os presentes, o Homem de Lata permanece inerte em frente à televisão, como quem olha e não vê. Em outro canto, a madrasta da Branca de Neve mastiga chicletes incessantemente e, vez por outra, dá uma olhadela num espelhinho para conferir a maquiagem. A porta se abre e o Burrinho Ió deixa o consultório todo satisfeito, com a sonhada alta. Depois que passou a tomar um remedinho por dia, melhorou a relação com o Ursinho Pooh, Tigrão e companhia. Já pode administrar os problemas sem auxílio terapêutico.

Esse não é mais um conto de fadas, mas poderia ser. O vislumbre de analisar os personagens infantis à luz da psicologia não é novo. Mas, pela primeira vez, foi divulgado um relatório completo sobre as patologias de vários deles. Em O lobo mau no divã (Ed. Best Seller), a pesquisadora Laura James conta, com bom humor, como a psicoterapia pode ser útil para sanar os distúrbios psicológicos e psiquiátricos de vários deles. E, surpreenda-se: em alguns casos, os atributos que elevam alguns ao patamar de “o bonzinho da história” são, na verdade, resultado de uma neurose. Veja qual o mal que acomete alguns deles.



DIAGNÓSTICO: Necessidade de aprovação social

Agradar a todos que a cercam, indo contra os próprios sentimentos, fez com que ela tivesse um comportamento doentio. A patologia começou após a morte da mãe – ela aceitou a madrasta e as irmãs de criação para não desapontar o pai. A reação dele, de não se opor aos maus-tratos impostos à filha pela segunda mulher, marcaram a forma de Cinderela se relacionar com o mundo. Ela passou a ter uma percepção fragmentada de si mesma. A fragilidade emocional pode ser percebida pelo fato de ela ter aceitado se casar com o único rapaz com quem se relacionou, após dois encontros (no baile e na devolução do sapato perdido na festa). A psicoterapia pode ajudar a reforçar a auto-estima e a abandonar as relações de dependência.





DIAGNÓSTICO: Psicopatia

A inabilidade em seguir regras, combinada com a falta de empatia, pode levá-lo a arroubos de fúria. A vida instintiva é seu ponto de apoio para cometer crimes: fundamenta-se em dieta carnívora para justificar assassinatos, falsidade ideológica e estelionato. Costuma estabelecer uma relação de confiança com as vítimas. Foi com perguntas aparentemente tolas que o lobo descobriu o itinerário de Chapeuzinho, uma de suas vítimas. O sentimento de superioridade e a falta de remorsos também fazem parte da patologia. Sugere-se ainda uma tendência de distúrbios sexuais, especialmente pedofilia. A internação em uma prisão psiquiátrica seria uma medida razoável, em prol da sociedade.





DIAGNÓSTICO: Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH). Tipo predominantemente desatento

Pooh tem uma extrema dificuldade em prestar atenção nos detalhes e em refletir sobre os fatos que o cercam. Como é natural da patologia, mantém um centro de atenção – no caso, a comida.

Consciente da tendência à distração, chega a tomar nota dos acontecimentos e afazeres. Mas nem isso é capaz de organizar seus pensamentos.

O transtorno que apresenta se opõe ao verificado no amigo Tigrão, que também tem TDAH, mas atende ao tipo predominantemente hiperativoimpulsivo. Ambos poderiam ser beneficiados com uma combinação de medicação e terapia comportamental. O principal ganho seria na realização de atividades cotidianas e uma melhora da auto-estima.



DIAGNÓSTICO: Transtorno de Personalidade Limítrofe (TPL), com traços de narcisismo

Atraente e envaidecida disso, a madrasta começou a apresentar problemas de relacionamento com a enteada, despertando arrogância e frieza. O quadro agravou os impulsos obsessivos que já faziam parte do histórico da Rainha – como se observar no espelho. O medo inconsciente da rejeição desperta atitudes furiosas e paranóicas. O abuso do poder sobre o caçador contratado para matar Branca de Neve é uma manifestação narcisística. Ela ainda desenvolveu uma dissociação de personalidade, manifestada pela obsessão por matar a enteada, fazendo com que os objetivos de vida sejam alterados drasticamente e de forma inconseqüente. Recomenda-se terapia comportamental continuada.





DIAGNÓSTICO: Narcisismo patológico e traços de personalidade autodestrutivos. Possível transtorno alimentar

O comportamento de Peter Pan é marcado pelos modos exagerados e pela ausência de empatia com os demais, que trata com indiferença e arrogância. O medo de responsabilidades e a insistência em conviver com fadas são sinais de um sentimento de inadequação à própria realidade – possivelmente resultado da ausência de vínculos familiares. Como todo narcisista, é no fundo extremamente frágil e inseguro, o que o torna sensível a críticas. A vulnerabilidade também se manifesta nas escolhas extremadas, no estilo oito ou 80. Os distúrbios alimentares podem ter duas causas aparentes: disputa pela atenção e medo de crescer ou envelhecer.





DIAGNÓSTICO: Transtorno de personalidade esquizóide

A morte precoce dos pais e as seqüentes violências sofridas depois disso transformaram o Homem de Lata em uma pessoa incapaz de estabelecer vínculos afetivos, preferindo a solidão. O transtorno se enraizou quando ele passou a usar uma armadura para esconder o resultado das agressões. A inabilidade de interagir, típica do transtorno, não é sinal de ausência de sentimentos, e sim de uma dificuldade de vivenciá-los por insegurança. A situação é notoriamente desconfortável e chega a ser somatizada no corpo com articulações travadas e na ausência de um coração. Buscar ajuda com o Mágico de Oz oferece um prognóstico interessante, embora seja mais recomendável o auxílio de um psiquiatra.




DIAGNÓSTICO: Transtorno distímico (disforia)

O aspecto cabisbaixo do burrinho, com atitudes constantes de humilhação, pode ser influenciado por uma série de fatores. A começar pela dieta adotada: a alfafa, que compõe a base de sua alimentação, é pobre em vitaminas, minerais e ácidos graxos, essenciais para manter a saúde física e mental. Morar afastado dos amigos também pode ter contribuído para um complexo de inferioridade. Mas a perda do rabo ainda na infância se configura como centro do quadro patológico. Como sintoma do transtorno, Ió se nega a pedir ajuda. Como tratamento, a fluoxetina seria uma boa alternativa, combinada com psicoterapia. Por se tratar de um mal de influência social, seria recomendada uma terapia em grupo.




DIAGNÓSTICO: Não apresenta distúrbios

ALTA MÉDICA

Fruto de uma família bem ajustada, a menina Alice consegue manter a sanidade mesmo quando inserida em um mundo surreal, repleto de indivíduos desajustados. Permanece calma até mesmo sob influência de substâncias que alteraram sua percepção. É otimista sem exageros e responsável (preocupa-se com quem alimentará sua gata Dinah enquanto estiver no País das Maravilhas). Diante das adversidades, não se entrega ao desespero e busca um caminho de recuperação. A moral da menina, apesar da pouca idade, também é forte: ela institui um veredito antes da condenação do Valete de Copas. Pela lucidez e firmeza de personalidade, é dispensada do tratamento.

Risco ou aprendizado para as crianças?
Mas será que tais personagens, tão problemáticos, são bons exemplos para as crianças? Em vez de risco, as historinhas funcionam para enriquecer a capacidade psíquica dos pequenos em lidar com a adversidade. Quem defende é o psicopedagogo Carlos Aníbal, diretor do Instituto Luz e pesquisador das relações entre contos de fadas e a psicologia analítica. “Eles assimilam as sagas e fazem uma correlação com os pequenos desafios que enfrentam a cada dia. Dessa forma, o conteúdo favorece a formação saudável do ego“, explica. Esse seria o motivo para que os pequenos não enjoassem de assistir ao mesmo filme ou ler o mesmo livro – inconscientemente, estão nutrindo a psique com os símbolos tratados ali para formar a própria personalidade.

O psiquiatra suíço Carl Gustav Jung estudava os contos infantis e defendia que, até na vida adulta, conseguimos tirar proveito do conteúdo subjetivo que apresentam. É o que ele chamava de ligação arquetípica ou mítica, ou seja, papéis e padrões de comportamento que assumimos e que estão representados nas fábulas. Em vários momentos, a psicoterapia mostra que espelhamos o narcisismo de Peter Pan ou a necessidade de aprovação social da Cinderela. “Todos os personagens têm um ponto fraco, uma problemática. Assim como nós, desenvolvem seus complexos e, no fundo, tentam ser felizes“, completa Aníbal. No divã, não importa quem é mocinho e quem é vilão da história: todos merecem tratar dos distúrbios de comportamento que apresentam. Seja na ficção infantil, seja na vida real.

A lição de cada um – O psicanalista americano Bruno Bettelheim foi aluno de Freud e, com base na observação das historinhas infantis, publicou em 1976 o livro A psicanálise nos contos de fadas (Ed. Paz e Terra), no qual esmiuça o simbolismo contido nas sagas e fábulas. Sucesso em todo o mundo nas décadas de 1970 e 1980, a obra, mais que analisar os personagens, buscou investigar as mensagens embutidas nos contos e a participação das mesmas para a formação cognitiva da criança.

terça-feira, 6 de abril de 2010

PARA ONDE VOCÊ ESTÁ INDO?



Metas: Para onde você está indo?


"Se você não sabe para onde ir, qualquer caminho serve."

Você sabe para onde está indo? O rumo que você está dando para a sua vida é o que realmente deseja? O que você faz está de acordo com as suas prioridades? Se a resposta é não, é possível que sua vida esteja vazia e sem sentido.

Um dos grandes males do nosso tempo é a depressão, transtorno que pode ser definido como uma falta de paixão pela vida, uma falta de sentido que tem sua origem na não realização de desejos. Para ter paixão, é preciso estar envolvido em algo que seja importante para você. Não menos comuns, a angústia e a ansiedade também são resultado de uma desconexão consigo mesmo. Por que isso acontece?

Desde muito cedo, somos ensinados a ser obedientes e disciplinados, respeitando ritmos externos e ignorando nossos próprios ritmos. Esta imposição do ritmo de outros às nossas vidas é o que gera a desconexão. Seguimos assim pela vida e, quando nos damos conta, não sabemos mais o que realmente queremos. A conseqüência disso é uma vida cheia de automatismos e sem criatividade.

Pense nas pessoas que você conhece. Quantas vezes você já ouviu algumas delas se queixando de estarem angustiadas, insatisfeitas, se sentindo incapazes de mudar? A sensação comumente descrita por elas é de impotência, de estarem sendo levadas pela vida ao invés de levá-la. Isso gera uma vulnerabilidade e não é raro perceber que se está trabalhando para realizar os desejos e metas de outros e não os seus.

Agora, pense na sua vida. Existem divergências entre o que você está fazendo agora e o que é realmente importante para você? Se existem, talvez você perceba que a sua vida, até este momento, não está caminhando como você gostaria. Porém, é preciso que você saiba que há tempo de mudar tudo, não importa a sua idade nem o que fez até agora. O que importa é o que fará daqui em diante.

Sem uma direção definida, acabamos atirando para todos os lados. E quando se atira sem ter um alvo definido, não se chega a lugar algum.

O que fazer então?

E aí que entra o conceito de meta. O que é uma meta? É um ponto definido onde se quer chegar. Para que você coloque o seu barco no mar, é importante que tenha em mente seu porto de destino. Uma meta é a definição do porto de destino. Aí, está a chave da questão.

O conceito de meta, se bem manejado, vai possibilitar a transformação de seus sonhos e desejos em comportamentos reais. Isso não é mágica. Pelo contrário, ter sucesso implica muito trabalho e muita energia. Durante sua trajetória, com seu porto de destino definido, você precisará verificar constantemente se está indo na direção certa para, assim, poder corrigir os possíveis desvios.

Daí a importância da meta. Porque, além de dar direção ao que você quer, ela permite que você verifique o tempo todo se o que está fazendo realmente está contribuindo para que você chegue ao seu objetivo.

Mas, como definir suas metas?

A primeira coisa que você deve fazer é identificar o que quer. Muitos passam pela vida sem saber. O conceito de metas pode (e deve) ser aplicado nas diversas áreas da vida: família, profissão, estudo, relacionamento afetivo, social, economia doméstica, finanças pessoais, etc.

O segundo passo é aplicar as técnicas existentes para desenvolver uma meta. Não basta apenas expressar um sonho ou um desejo. É importante que possamos transformá-los em metas. Às vezes, as pessoas têm a sensação de estar trabalhando com metas bem definidas. No entanto, temos observado em nossa pratica, que a grande maioria não possui conhecimento para diferenciar um sonho de uma meta. Podemos visualizar a diferença entre os dois com a metáfora abaixo:

"Havia cinco macacos no galho de uma árvore: três deles decidiram pular. Quantos macacos ficaram no galho? A resposta é simples: os cinco macacos permaneceram no galho. Por quê? Porque decidiram pular, mas nenhum deles o fez de fato."

Ou seja, decidir ou sonhar não é o suficiente para obter êxito naquilo que queremos. Desenvolver uma meta significa canalizar energia. E as técnicas são os instrumentos que operacionalizarão esta meta.

É comum encontrar pessoas que, ao chegarem na reta final de suas vidas, verificam que poderiam ter tomado um rumo bem diferente. Mas, é possível mudar o curso da história bem antes do fim. Deixemos para os filmes a imagem do velho, à beira da morte, arrependido das coisas que fez e deixou de fazer. Você pode monitorar continuamente para onde está indo e, assim mudar sua vida. Basta, para tal, ter uma meta.

Dra.Suzeth Carvalho.
Psicanalista Clinica.
Manager coaching emotional.